A Comissão de Gestão do Grupo Desportivo 1.º de Maio, criada no sábado, no decurso da assembleia-geral extraordinária convocada para o efeito, deve preparar condições necessárias para, até Agosto, convocar eleições para a escolha da nova direcção, depois da suspensão, em Janeiro, do presidente do clube, Inusso Ibraímo, pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, alegadamente por estar fora de mandato.

Este foi o consenso a que chegaram os sócios que participaram na reunião magna dirigida pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral do 1.º de Maio, Dias Balate.
Inusso Ibraímo foi eleito a 23 de Janeiro de 2021 e tomou posse no dia 30 do mesmo mês. Segundo os estatutos antigos, que datam desde 1960 e apontam para no máximo dois anos de mandato, devia ter cessado o cargo em 2023. Mesmo tendo sido revistos os estatutos, com mais de 100 páginas, em conformidade com a actual Lei do Desporto, que aponta para quatro anos de mandato, não são válidos porque ainda não foram publicados no Boletim da República por dificuldades financeiras.
Por isso, o tribunal deu provimento à providência cautelar não especificada intentada pelo sócio Manuel Teófilo contra Inusso Ibraímo, obrigando o dirigente a abandonar o cargo e a abster-se de qualquer acção que tenha a ver com o 1.º Maio e orientou o clube/sócios a criar uma Comissão de Gestão temporária, tendo como principal missão a preparação da assembleia eleitoral.
Ao todo, Inusso Ibraímo esteve durante quatro anos à frente dos destinos do clube