A Comissão de Gestão do Grupo Desportivo 1.º de Maio, criada no dia 22 deste mês, no decurso da assembleia-geral extraordinária convocada para o efeito, deve preparar as condições necessárias para em cinco meses, ou seja, em Agosto, convocar eleições que visam a escolha da nova direcção, depois da suspensão de Inusso Ibraímo do cargo de presidente do clube, através do despacho do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo de 31 de Janeiro último, alegadamente por estar fora de mandato.

Este foi o consenso a que chegaram os poucos sócios que participaram na reunião magna dirigida pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral do 1.º de Maio, Dias Balate.
Inusso Ibraímo foi eleito a 23 de Janeiro de 2021 e tomou posse no dia 30 do mesmo mês. Segundo os antigos estatutos, que datam desde 1960 e apontam para dois anos de mandato, devia ter cessado em 2023. Mesmo tendo sido revistos os estatutos, em conformidade com a actual Lei do Desporto, que aponta para quatro anos de mandato, os mesmos não são válidos, porque até este momento não foram publicados no Boletim da República, por dificuldades de pagamento da respectiva tarifa.
Por isso, o tribunal deu provimento à providência cautelar não especificada intentada pelo sócio Manuel Teófilo contra Inusso Ibraímo, obrigando o dirigente a abandonar o cargo e a abster-se de qualquer acção que tenha a ver com o 1.º Maio e orientou o clube e sócios a criarem uma Comissão de Gestão temporária, tendo como principal missão a preparação da assembleia eleitoral.
Ao todo, Inusso Ibraímo esteve durante quatro anos à frente dos destinos do clube.