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Foto: Arquivo. O culminar da Licenciatura em Gestão Desportiva pela Universidade Pedagógica
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INCENTIVADA PELO PROF. SÉRGIO KANJI: LICENCIADA EM GESTÃO DESPORTIVA

Ilda entrou na Universidade Pedagógica em 2009 e terminou o curso de Gestão Desportiva em 2012, graças ao incentivo do prof. Sérgio Kanji, um apologista da ciência ao serviço do desporto. Nessa altura, a nossa entrevistada já estava fora do activo como árbitra, razão pela qual não teve muita sobrecarga no seu processo de aprendizagem.

“Quando estava na Associação de Futebol da Cidade de Maputo (AFCM) e como vice-presidente da Comissão de Futebol de Praia, o prof. Sérgio Kanji pediu-me para ajudar-lhe no projecto futebol sem SIDA. Isso fez-me ir à LMF e nesse processo ele incentivou-me a fazer o curso de Gestão Desportiva. Sempre quis fazer Direito ou Economia, mas acabei aceitando a sua proposta. Felizmente formei-me”.

Foi benéfico, porque após a reforma Ilda desempenhou vários cargos e, obviamente, o “know how” sólido em gestão desportiva retira o empirismo no desempenho das suas missões. “Lembro-me com nostalgia dos tempos do futebol de praia na arena que existia anexo ao campo do Costa do Sol. Organizámos muitas provas com o envolvimento da DDB, entre outros parceiros dos eventos”.

Depois de deixar de ser vice-presidente do futebol de praia, Ilda passou para a LMF. “No fim do Projecto Futebol sem SIDA candidatei-me para delegada da LMF e acabei sendo a única mulher a fazer delegacia de jogos do Moçambola, nos tempos do Eng. Miguel Matabel”.

Com os ventos da mudança, a LMF passou para as mãos de Alberto Simango Jr.. Quando este passa para a presidência da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) convida Ilda Manjate para ser vice-presidente do Futebol Feminino, tendo chegado a ser secretária da mesa da Assembleia-Geral.

Está feliz pela ousadia que teve, numa selva dominada por machos, mas ao mesmo tempo triste, porque “as mulheres não querem ser delegadas de alto nível. Terminam nas associações, mas seria bom que fossem delegadas de jogos do Moçambola. Elas devem ser muito decididas, porque cada uma de nós decide o que quer. Eu decidi que tinha de voltar para o desporto e, de facto, voltei, porque gosto”.

Refira-se que quando abraçou a arbitragem trabalhava na Manica Moçambique e mais tarde esteve ligada a projectos de crianças, entre outras actividades pessoais”.

Em relação ao 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, ela olha para a efeméride como mais um momento de reflexão, em que “a mulher tem de decidir o que quer e para onde ela vai. A mulher deve ter um poder de decisão. Falando do desporto, felizmente há muitas mulheres no atletismo e no basquetebol, mas precisam de se espalhar por todas as modalidades, porque elas são o espelho de uma nação”.

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Foi fundado no dia 24 de Junho de 1987 como presente da Sociedade do Notícias aos desportistas por ocasião dos 12 anos de Independência Nacional, que se assinalaram nesse mesmo ano.