O antigo guarda-redes do Costa do Sol e da Selecção Nacional de futebol Rui Évora chegou ao princípio da noite de sábado na cidade de Mumbai, Índia, para submeter-se a uma cirurgia visando debelar um problema de saúde que lhe apoquenta desde o início do presente ano.

Acompanhado pela esposa, Rui Évora deixou a cidade de Maputo na tarde de sexta-feira com destino a Índia. No entanto, pernoitou em Doha, no Qatar, e na tarde do dia seguinte, sábado, fez o último percurso com destino a Mumbai, a segunda maior cidade da Índia, depois da capital política Nova Deli.
É no país do sudoeste asiático que o antigo guardião, agora com 54 anos de idade, vai fazer mais uma defesa, não da carreira, mas da vida.
O ex-atleta foi diagnosticado com linfoma, uma doença na qual algumas das células que auxiliam o corpo a se defender contra as enfermidades começam a crescer de maneira descontrolada.
A linfoma é uma doença com elevado grau de perigosidade, de tal sorte que especialistas classificam-na como um certo tipo de cancro, na medida em que o crescimento e a mutação das células forma massas (ou tumores) que se espalham para as outras áreas do corpo, deixando a pessoa cada vez mais doente e, inclusive, em risco de vida.
ONDA SOLIDÁRIA
CUSTEIA DESPESAS MÉDICAS
A viagem de Rui Évora a Índia, para tratamento médico especializado, só foi possível graças a uma onda solidária desencadeada por várias entidades que disponibilizaram o necessário valor de 2.000.000,00 MT (dois milhões de meticais).
De acordo com o secretário-geral do Costa do Sol, João Nhabanga, a verba foi providenciada pelo próprio clube, parte de seus dirigentes, amigos e pessoas singulares que preferem ver os respectivos nomes omitidos e, ainda, algumas empresas públicas e privadas que responderam a um peditório lançado há cerca de um mês para que o antigo jogador tivesse apoio para cuidar da sua saúde.
De entre as empresas que ajudaram com verbas destacam-se a Electricidade de Moçambique, patrona do Costa do Sol e, ainda, a Matola Gás Campany, Testop e a Gigawatti.