Quando no meio da indecisão sobre a data do arranque do Moçambola a Liga Moçambicana de Futebol (LMF) apareceu a informar que estava preparada para o pontapé de saída a 17 de Maio, as cogitações dos clubes sobre o arranque da prova eram outras: entrar na batalha pela alteração do calendário. Aliás, numa reunião entre a LMF e os clubes, alguns dirigentes fizeram essa manifestação de interesse, mas o órgão que gere o Moçambola “assobiou para o lado”, considerando que o encontro não era para esse efeito.

Os treinadores, por seu turno, em trabalho quase aleatório, depois de cumprida a sua missão na pré-época efectiva, passaram a inventar os treinos. Enquanto isso, os jogadores continuavam a cumprir a sua missão de apresentar-se aos trabalhos até ordens superiores que definiram o reagendamento do campeonato, que obriga a uma reprogramação dos treinos numa época que se prevê ser demasiadamente apertada, devido à participação de Moçambique no CAN, a iniciar em Dezembro e com o seu término em Janeiro.
A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) considerou como emenda ao problema causado pelo não arranque do campeonato, no final de Março, preencher os cerca de 40 dias com jogos da Taça de Moçambique. Uma medida que penaliza quem for eliminado precocemente. Não lhe bastará outra alternativa que não seja uma nova pré-temporada.