Alberto Simango jr., presidente da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), tranquiliza os cépticos relativamente ao início do Moçambola no dia 17 de Maio e explica os trabalhos em curso junto de parceiros para viabilizar a prova.
Em entrevista concedida ao RM Desporto, que publicamos extractos a seguir, o dirigente máximo da LMF manifesta-se optimista sobre os processos em curso visando o arranque do campeonato na data prevista.
– Qual é o ponto de situação da organização do Moçambola?
– Já tivemos a oportunidade de explicar aos nossos clubes as razões desta demora. A mesma tem que ver com o contexto em que vivemos há pouco tempo cá no país e que tanto nós, como organização, assim como os nossos parceiros e patrocinadores tivemos alguma dificuldade para arrancar. Tudo está a ser feito, ao pormenor, para que a prova possa arrancar na data prevista.
Efectivamente, qual é a razão principal do não início do campeonato. A que se refere quando fala de questões que estamos a viver actualmente?
Quero dizer que 2023 foi um ano diferente. Este 2024 para 2025, naturalmente, tivemos um problema relacionado com as manifestações e tudo ficou atrasado. Não trabalhávamos e isso tem o seu impacto na demora de obtenção de respostas em devido tempo. Agora, estamos num período em que a companhia de bandeira, que é a nossa parceira estratégica para viabilizar o campeonato, está a sofrer algumas transformações. É público e estamos numa fase em que, praticamente, é o início de um ciclo de governação e isso também tem um impacto significativo em volta daquilo que é uma prova da dimensão do que é o Moçambola. Então, são estes factores que, de certa forma, acabam afectando aquilo que nós planificámos. Sabem que as Linhas Aéreas de Moçambique, no caso concreto, estão num período de transição e isso tem impacto. E é isso que está a acontecer e o Moçambola também tem de beneficiar da logística dos trabalhos feitos por essa empresa. Então, são esses e outros dados que de uma forma geral têm um impacto significativo para estarmos onde estamos actualmente.
– Houve um encontro recente entre a Direcção da Liga e a Direcção das Linhas Aéreas de Moçambique. O que é que se discutiu?
– A reunião correu bem e naturalmente. Cada parte assumiu a sua responsabilidade, o seu compromisso em continuar a apoiar esta nossa actividade de transporte das delegações desportivas de um ponto para o outro ao longo do país.
Recordar que o Moçambola existe há cerca de 24 anos sem nenhuma interrupção e seguramente com o apoio determinante das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
– Que garantias é que as LAM deram para que a 17 de Maio possa efectivamente haver luz verde para o arranque do Moçambola?
– Não posso dizer que são garantias das LAM, mas sim do Governo de Moçambique. Nós estamos a trabalhar em conjunto com o Governo e tudo o que fazemos não é à toa. Há coordenação, partilha de informações e um conhecimento exaustivo da nossa própria situação, através do nosso Ministério de tutela, e tudo está sendo feito com todos os cuidados para que no dia 17 de Maio possamos arrancar.
– E os outros parceiros?
– Aos poucos estão respondendo e nós, certamente, teremos no dia 22 de Abril a assembleia-geral, onde prestaremos contas aos nossos clubes e vamos também apresentar o nosso plano de actividades para a presente edição.
– Quanto é que vai custar este campeonato?
– Sem termos ainda recebido a cotação do valor principal e olhando para aquilo que foi o orçamento do ano passado, vai rondar mais ou menos 110, 120 milhões de meticais.
– E onde é que a Liga vai buscar?
– A Liga está a trabalhar nesse sentido, como sempre o fez com os seus parceiros. O Governo tem-nos apoiado, estamos a trabalhar todos de forma coordenada para que possamos ter o valor que nós precisamos. Aliás, no ano passado tivemos um pequeno “déficit”, mas, todos estão lembrados, fizemos um campeonato excepcional.