Quando questionado sobre a ausência de árbitros moçambicanos em grandes competições, como o Mundial de Clubes, Bento Navesse foi directo: falta de desempenho consistente e alinhado com os padrões da CAF.
“Se Moçambique não está representado, é porque algo está a faltar. A nossa performance está aquém do que a CAF exige. Não temos alcançado os padrões necessários para competir num nível mais alto. Além disso, a CAF tem dado espaço a novas gerações, o que é essencial para garantir uma transição suave quando os árbitros mais experientes, como o Maringule, se retirarem”, explicou.
Navesse alertou ainda para a necessidade de maior investimento em formação e detecção de talentos no país.
“As limitações financeiras são um grande obstáculo. Sem recursos para promover formações regulares em cada província e detectar novos talentos, ficamos estagnados. É preciso ter vontade política e apoio financeiro para mudar esse cenário”, sublinhou.