O Chingale de Tete vive momentos delicados no campo financeiro, mas o presidente Carlos Muhorro coloca água à fervura, afirmando que “o Chingale está estável. Para um clube da nossa envergadura, presentemente pequeno, apesar da performance de outros tempos, as condições são aceitáveis. Acreditamos que até ao início do Moçambola estaremos em condições de enfrentar a prova.”.
No entanto, há situações inquietantes. “O facto de ter estado muito tempo fora do Moçambola (sete anos) forçou o afastamento de vários patrocinadores, que direccionaram os apoios às outras entidades. Neste momento, estamos a trabalhar no sentido de trazê-los de volta”.
Se na primeira intervenção Muhorro não quis “abrir o jogo” e expor as dificuldades, concretas, mais adiante não resistiu, explicando que “as dificuldades são de ordem financeira, sobretudo para suportar a parte logística, nas viagens”, acrescendo às suas palavras que “existem conversações com alguns parceiros, entre eles o governo da província de Tete, que nos mostram uma luz verde no fundo túnel. É esse facto que nos leva a ter crença de ultrapassar as dificuldades”.
BONS JOGADORES
NÃO OS MELHORES
Sem dinheiro, dificilmente consegue-se recrutar os melhores jogadores, mas os possíveis. Sobre o facto, Muhorro, friamente, disse que “para as suas ambições o Chingale não pode ter a ousadia de ir buscar os melhores jogadores, mas sim aqueles que possam garantir bons resultados. Esperamos também que um dia esses atletas evoluam e sejam vendidos. Apostamos numa formação que tem estado a dar frutos. Durante o Campeonato da II Divisão esses jogadores demonstraram que têm talento e, presentemente, dão garantias de enfrentarmos a prova prestes a iniciar, sem grandes sobressaltos”.
Este ano, no período de preparação, o Chingale realizou alguns jogos diante da União Desportiva do Songo, vencendo um deles. “A equipa deu a perceber que, apesar de ascender da segunda divisão, tem argumentos suficientes para defrontar grandes formações. Jogámos taco-a-taco com o Songo. Isso faz-nos acreditar que temos uma equipa capaz de estar num nível aceitável durante a época”, frisou, referindo que “jogando com o Songo o normal seria perder por goleadas de cinco ou seis golos de diferença. Porém, em nenhum jogo desistimos de acreditar que podíamos fazer melhor. Lembro-me que no período de preparação defrontámos, também, alguns adversários do Malawi e tirámos ilações positivas do nosso valor”.